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Psoríase pode ser confundida com outros problemas de pele



A psoríase é uma doença inflamatória de pele bastante comum, e em mais de 30% dos casos tem origem genética. Os gatilhos para a doença entrar em atividade são muito diversos, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções, banhos longos e quentes e uso de algumas medicações, como o lítio. Quando surgem os sintomas, o paciente começa a sentir coceira, ardência e descamação da pele, além de muito ressecamento.
A psoríase pode aparecer em qualquer época, mas é mais comum entre 30 e 40 anos de idade. Ela é facilmente confundida com outros problemas de pele, como as dermatites, mas existem características que permitem distingui-la das demais. No caso da psoríase, quando o paciente coça a pele começa a descamar — como se fosse caspa — e a região fica bem avermelhada. Os locais mais atingidos são a raiz dos cabelos, cotovelos e joelhos.“Já as dermatites formam lesões mais úmidas na fase inicial e com pequenas bolhas, mas na fase tardia elas ficam mais secas e podem formar placas parecidas com a psoríase”, explica o dr. Caio Castro, Coordenador da Campanha Nacional de Psoríase, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O diagnóstico definitivo, entretanto, deve ser dado pelo médico.
Na psoríase também há uma renovação acelerada das células da pele, devido a uma falha que provoca a hiperatividade do sistema imune do paciente. Em pessoas saudáveis, as células da pele se multiplicam nas camadas mais profundas e levam em média um mês para chegar à superfície. Nas pessoas com psoríase o sistema imune emite “alertas falsos” que fazem com que esse mecanismo ocorra de forma acelerada, e em poucos dias as novas células chegam à camada mais externa da pele. Como o processo ocorre de forma contínua, há formação das placas características da doença, com posterior descamação e os demais sintomas da psoríase.
Apesar de não ter cura, a psoríase tem controle, e o principal: ela não é contagiosa. Como as lesões ficam geralmente em regiões visíveis, é comum pacientes sofrerem com preconceito. “Atualmente, os tratamentos podem fazer com que as lesões desapareceram por longo prazo. O máximo que resta são algumas manchas escuras ou claras que melhoram com o tempo”, comenta Castro.
Os medicamentos utilizados – tanto em períodos de crise como para prevenir a reincidência – podem ser tópicos (para passar sobre a pele) ou sistêmicos (ingeridos ou injetáveis). Casos leves e moderados (que compões cerca de 80% do total) podem ser controlados com o uso de medicação local, muita hidratação da pele com cremes indicados pelo dermatologista e exposição ao sol. Atualmente, pacientes refratários aos tratamentos convencionais estão conseguindo melhoras significativas e até o desparecimento total das lesões, com os medicamentos biológicos, mas esse remédios são caros e de preferência utilizados naqueles pacientes que não melhoram ou que tenham contraindicações aos outros tratamentos sistêmicos.

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