Lula reforçou ainda que a estratégia dos EUA põe em risco a estabilidade global. “Me parece que está ficando cada vez mais visível que é uma briga pessoal com a China”, afirmou. “Não é aceitável a hegemonia de um país – nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica e nem econômica – sobre os outros”, completou.
“Reciprocidade” e unidade regional
Questionado por jornalistas sobre a postura que o Brasil adotará diante do endurecimento tarifário, Lula deixou claro que haverá reação: “Vamos utilizar todas as palavras de negociação que o dicionário permitir. Depois que acabar, nós vamos tomar as decisões que entendermos serem cabíveis”, disse.
Na cúpula, Lula também aproveitou para propor uma agenda de fortalecimento institucional e comercial da região, com destaque para a reativação do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da ALADI e a ampliação do Sistema de Pagamentos em Moeda Local.
Segundo ele, “integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas”. O presidente reforçou que a integração não pode mais ser adiada por divergências ideológicas. “É chegada a hora de enfrentar o debate sobre a regra do consenso. Ela tem gerado mais paralisia do que unidade”, apontou.
Propostas e recados
Entre os temas centrais de sua fala, Lula destacou três eixos de cooperação regional: defesa da democracia, combate às mudanças climáticas e integração econômica. Também propôs uma candidatura unificada de uma mulher latino-americana ou caribenha para o posto de secretária-geral da ONU em 2026 — o que, segundo ele, pode ser um passo importante para resgatar a credibilidade da organização.
Sem meias palavras, o presidente brasileiro deixou claro que a América Latina precisa ser protagonista de seu destino. “Não queremos guerras nem genocídio. Precisamos de paz, desenvolvimento e livre comércio. O multilateralismo é abalado cada vez que silenciamos ante as
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