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Mulher morta após tumulto por "picanha mito" teve perna prensada e gritava de dor




Marido da mulher que morreu após o tumulto em um frigorífico de Goiânia por conta da promoção da "picanha mito", Wanderley de Paula Dias deu detalhes do episódio do último domingo (2). O rapaz de 51 anos explicou, em entrevista ao g1, que Yeda Batista da Silva, de 46, teve a perna prensada durante a confusão e sofreu muito com as dores após o ocorrido.



"Ela gritava de dor. A perna dela inchou muito. No hospital, descobrimos que uma veia estourou e provocou hemorragia. Nem deu tempo de fazer cirurgia para salvá-la", relatou.


Wanderley e a esposa já esperavam que a promoção anunciada pelo Frigorífico Goiás em apoio ao candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) pudesse resultar em tumulto. Por isso, se programaram para chegar cedo, para comprar as carnes do churrasco de comemoração do aniversário da mãe de Yeda.


O capitão aposentado do Corpo de Bombeiros confirmou que a mulher tinha uma doença autoimune que afetava os rins e a circulação de sangue no corpo. No domingo, após ter a perna prensada, ela passou mal e foi esperar o marido no carro.


Quando Wanderley chegou, a perna da mulher já estava inchada e ela reclamava de muitas dores. O casal foi para casa, o rapaz chegou a sair para votar, mas recebeu uma ligação de Yeda reclamando que o incômodo havia piorado.


A mulher foi levada ao hospital, onde foi diagnosticado um problema vascular. Yeda chegou a ser transferida para uma unidade especializada em angiologia, mas não resistiu.


"Não imaginávamos que o machucado ia causar a morte dela. É uma perda grande, sem tamanho. A gente vivia em função dela, que organizava tudo para a família", lamentou Wanderley.


Promoção da "picanha mito"
A promoção usava o rosto do candidato à reeleição e trazia alguns símbolos utilizados por Bolsonaro, uma vez que era válida apenas para quem estivesse usando a camisa da seleção brasileira e permitia que os clientes comprassem a picanha por R$ 22 o quilo, número do presidente nas urnas.


Quando o Frigorífico Goiás anunciou a promoção de mais de R$ 100 - o valor original da picanha era R$ 129,99 -, longas filas e aglomerações se formaram na porta do estabelecimento. Clientes forçaram a entrada, entraram em confronto entre si e fizeram com que as portas de vidro do frigorífico se quebrassem. Os seguranças tentaram conter a multidão, mas acabaram empurrados.

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