O ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (UB), virou réu em uma ação popular encabeçada por deputados federais do PT. Representados por advogados ligados ao grupo Prerrogativas, os cinco parlamentares pedem que ele seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por sua atuação à frente da Operação Lava Jato.
De acordo com o grupo, ao contrário do respeito aos limites legais e à obrigação de imparcialidade, Moro teve "condutas profundamente alheias aos ditames imponíveis à atividade judicial".
Além disso, os parlamentares apontam desvios de finalidade, excessos e abusos cometidos pela Lava Jato, sobretudo em virtude da "atuação viciada" do ex-juiz, que "resultaram em perdas e danos muito superiores ao interesse público", o que teria produzido "um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país".
A ação judicial foi apresentada no último dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília. Um dia após o recebimento da ação, o juiz Charles Renaud Frazão de Morais tornou o ex-juiz réu.
Em nota, Moro disse que "o governo do PT foi manchado pelos maiores escândalos de corrupção da história". "A gestão desastrosa do PT quase quebrou a Petrobras e o país. O que prejudicou a economia e eliminou empregos foi a corrupção, e não o combate a ela."
A iniciativa da ação é dos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS). Os petistas não estipularam o valor da indenização a ser pago em caso de condenação.
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