Imagem: Reprodução/Google
O cinema de terror vive em altos e baixos, mas o gênero parece estar vivendo um bom momento no mundo das séries de TV. Seriados que exploram o sobrenatural e usam seu formato episódico não só para traçar o susto, mas para construir uma tensão contínua tornaram-se cada vez mais comuns em streamings. E a Netflix tem sido capaz de aproveitar essa nova tendência como ninguém.
10 séries sobrenaturais para assistir na Netflix
Seja por causa de seus algoritmos ou por ter contatado os produtores certos, a verdade é que a plataforma está cheia de boas produções para quem gosta de se assustar na frente da TV. E os temas são os mais variáveis possíveis, do clássico sobrenatural aos assassinos cruéis e misteriosos — ou seja, um terror para torná-lo insano por diferentes razões a cada noite.
10 eu Vi
Para começar nossa lista, vamos para o tipo mais genuíno de terror: aquele baseado em eventos reais. E eu vi isso da maneira mais crua possível: a série flerta muito com o documentário trazendo relatos reais de pessoas que viveram experiências estranhas e misteriosas em algum momento da vida.
O que é impressionante aqui é a variedade de casos. São posses, figuras inexplicáveis e o encontro com algo além disso sempre nos deixa com o pé de trás para saber que isso aconteceu com pessoas reais. Embora a encenação dessas histórias seja muito boa, o fato de que há alguém que não é um ator testemunhando sobre esses episódios é suficiente para deixá-lo desconfortável. É a dúvida sobre a veracidade do inacreditável que assusta.
Além disso, eu vi que tem um formato muito bom para quem não tem muita paciência para longas maratonas. Como cada episódio é fechado em si mesmo, você pode fazer uma pausa entre um capítulo e outro para dar uma pausa ao seu coração pobre e assustado.
9º Todos nós estamos mortos
Após o sucesso do Round 6, o mundo voltou suas atenções para a série coreana. E All of Us Are Dead vem no passeio deste hype trazendo uma história de zumbi com essa pegada mais oriental que o torna algo bem diferente de um Walking Dead oriental.
O grande ponto é que, ao contrário de outras séries desta lista, All of Us Are Dead não funciona o clássico horror do jumpscare ou aquela tensão contínua diante do desconhecido. O show é muito mais sobre o horror de não saber quem escapará deste apocalipse zumbi em que todos estão sujeitos a serem devorados da maneira mais brutal possível.
Sem medo de explorar a sede de sangue do gore, a série ainda encontra espaço para trabalhar personagens e desenvolver as relações de um grupo de estudantes que enfrentam o fim do mundo dentro da sala de aula. E tudo isso com os mortos-vivos que são tão ágeis e mortais quanto um bando de gafanhotos que destrói e devora tudo o que encontra ao longo do caminho.
8. Pânico
Um dos clássicos do cinema de terror slasher dos anos 1990 virou série para mostrar que o gênero ainda está vivo e funcionando mesmo em outro formato. E embora traga personagens completamente diferentes e sua história não esteja relacionada com os longas-metragens, todo o clima e essência segue exatamente o mesmo — assim como a icônica figura fantasmagórica.
Embora estejam conectados na mesma cronologia, as semelhanças entre filme e série são bastante grandes principalmente em termos de estrutura. E isso é ótimo, porque permite que mesmo aqueles que assistiram aos longas-metragens desfrutem da história da pequena cidade que se encontra atormentada por um misterioso assassino mascarado que vai continuar a fazer a vida de uma jovem em particular um inferno.
7ª Ares
Não estamos tão acostumados a assistir produções holandesas, mas Ares é uma série que merece ser verificada por fãs de terror precisamente para entender o quanto as pessoas podem ser atormentadas na Holanda.
Sem medo de ser grotesco e até mesmo ser bastante exibicionista ao brincar com o gore, este é um show que precisa de um pouco de estômago para seguir.
Mas é a história que faz tudo valer a pena. A trama explora a ideia de uma seita secreta colocando a jovem Rosa (Jade Olieberg) no meio de um culto supremacista secreto que envolve suicídios em massa e até mesmo a existência de uma criatura sobrenatural cultivada por adeptos.
Além disso, vale a pena notar que a temporada é composta por apenas oito episódios curtos, apenas meia hora, o que torna essa maratona de fim de semana muito mais fácil — e abreviar a agonia de mergulhar nesse mistério que é tão bem construído.
6. Vingança do Sabor cereja
Um jovem cineasta deixa sua pequena cidade e parte para Hollywood na tentativa de criar sua carreira. É o tipo de sinopse que sabemos que não vai acabar bem, mas Cherry Flavor Revenge mostra que as coisas podem ser ainda mais inesperadas e absurdas.
Isso tudo porque essa aspirante a diretora, Lisa (Rosa Salazar), vem a um mundo que ela realmente não esperava. Misturando o sexo e as drogas do mundo das celebridades com a magia e a grotesca do terror, a jovem descobrirá rapidamente a rapidez com que o sonho pode se tornar um pesadelo quando as coisas saem do controle.
5ª Marianne
Há um subgênero dentro do terror que é para poucos, que são aquelas histórias tão sangrentas e violentas que é preciso um estômago muito forte para suportar. E a série francesa Marianne faz parte desse estilo de produção.
Tanto que já começa a ser bastante explícito e gore para que o público não tenha dúvidas do que vem a seguir. E se você ainda ficar engajado no show você vai encontrar uma história que é tão interessante quanto grotesca.
A trama segue um autor de terror que fez fama a partir de uma série de livros sobre uma bruxa chamada Marianne. E o que acontece quando o personagem deixa a ficção e começa a se manifestar como uma entidade assassina no mundo real que acontece de atormentar seu criador? Para piorar as coisas, este novo demônio deixa bem claro que ele está lá para fazer seu autor continuar a escrever novas histórias para que a bruxa permaneça viva.
É o tipo de varanda muito criativa que se torna ainda mais envolvente pela forma como é apresentada e desenvolvida. É o tipo de coisa perturbadora — a maneira como você espera um bom terror.
4. Arquivo 81
O elemento fundamental em qualquer história de terror é, sem dúvida, o mistério. É a incerteza que nos deixa ansiosos e com medo do que pode estar por vir. E o arquivo 81 constrói essa tensão muito bem diante do desconhecido, colocando um jovem arquivista percebendo, gradualmente, o tamanho do buraco em que ele entrou.
Tudo isso é conduzido como Dan (Mamoudou Athie) explora o conteúdo de fitas de vídeo que ele foi contratado para restaurar. E o trabalho em si surge de forma enigmática, com um empregador que não se revela e que faz exigências um tanto bizarras sobre o serviço. Afinal, por que ele precisa fazer essa restauração em um prédio abandonado?
E é a partir do momento que ele mergulha nessas fitas e percebe o que aconteceu com quem gravou é que ele entende que tudo está relacionado a uma estranha seita que agora está em seu rabo.
3ª Ash vs Evil Dead
Um dos grandes clássicos do cinema de terror ganhou uma sequência no formato de série após quase 30 anos longe das telas. Ash vs Evil Dead abraça de uma vez por todas o galho que sempre marcou a franquia criada por Sam Raimi e mostra que não apenas o diretor, mas também seus personagens permanecem em grande forma.
E a trama é precisamente o que poderíamos esperar de uma sequência: mais velho e mais experiente em lidar com demônios e entidades espirituais, Ash (Bruce Campbell) encontra-se mais uma vez diante dos horrores causados pelo Necronomicon. A diferença é que desta vez ele está pronto para ir para a batalha contra o sobrenatural.
2. A Missa da Meia-Noite
É interessante ver como a religião é sempre um ponto constante nas histórias de terror e com a Missa da Meia-Noite isso não é diferente. Afinal, é com a chegada de um jovem padre a uma pequena e miserável ilha que tudo muda.
O pároco muda a vida de todos os moradores da região com uma série de milagres que reacendem a fé das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, alguns novos mistérios estão começando a surgir e intrigar algumas pessoas. O problema é que a popularidade do padre faz com que uma espécie de seita emerja ao seu redor que torna cada vez mais difícil chegar à verdade.
A série é produzida por Mike Flanagan, um dos principais nomes da Netflix no gênero e um dos responsáveis pelo bom momento do streaming em séries de terror, explorando alguns clichês criativamente e combinando o poço tradicional com alguns elementos muito originais.
1. A Maldição da Residência Hill
E falando em Mike Flanagan, nossa lista não poderia terminar sem seu trabalho principal dentro da plataforma. Foi com A Maldição da Residência Hill que tanto a empresa quanto os próprios assinantes perceberam o enorme potencial dentro dessas histórias de terror no formato episódico.
Para isso, Flanagan apostou em uma fórmula já bem conhecida: a da casa assombrada. Assim, seguimos duas histórias que correm em paralelo, mas que estão diretamente conectadas pela própria mansão. Então, enquanto temos cinco irmãos tentando experiências estranhas dentro da propriedade, vemos como outros eventos inexplicáveis afetaram outra família que viveu lá décadas atrás.
E o grande encanto de A Maldição da Residência Hill é como ele conduz este mistério. A trama é apresentada de uma forma muito envolvente, então você se encontra preso entre essas paredes com os personagens — o que torna os sustos e o terror ainda mais intensos.
Fonte: canaltech
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