A investigação, pelo Senado, dos crimes cometidos por Jair Bolsonaro e seus ministros durante a pandemia começou nesta terça-feira (27), com a instalação da CPI da Covid. Após tentativa frustrada do governo de barrar o inÃcio da Comissão Parlamentar de Inquérito, buscando impedir na Justiça a relatoria de Renan Calheiros (MDB-AL), os membros iniciaram os trabalhos e elegeram como presidente e vice-presidente, respectivamente, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Embora os governistas busquem a todo instante transferir o foco a prefeitos e governadores, sobram evidências de que foi a gestão de Bolsonaro, marcada pela omissão e sabotagem à s medidas preventivas, que fez do Brasil o paÃs onde, atualmente, mais se morre por Covid-19. Como frisou o senador Rogério Carvalho (PT-SE), membro suplente da CPI, a comissão poderá “mostrar ao Brasil que a tese da imunidade de rebanho é o principal causador das (quase) 400 mil mortes” já registradas.
Para o lÃder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), os brasileiros “esperam por uma prestação de contas” sobre o que levou a essa “crise total” pela qual o paÃs passa. Complementando a fala do colega, o senador Humberto Costa (PT-PE), membro titular da comissão, ressaltou que o papel de uma CPI é justamente o de esclarecer os fatos. “A CPI não é um tribunal, é tão somente um instrumento de investigação, que, ao final do trabalho encaminhará suas conclusões para o Ministério Público, as Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Tribunais de Conta etc.”, lembrou.
Esclarecimentos também é o que espera o relator. “O Brasil precisa de muita luz, e isso não é uma mera metáfora. O papel da comissão é iluminar todos os compartimentes escuros do combate à pandemia. O Brasil, infelizmente, é um dos piores paÃses no combate à pandemia. Essa comissão tem, doravante, o papel de esquadrinhar, como de apontar os responsáveis pelo quadro sepulcral”, disse Renan Calheiros.
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