Reconsaj Noticias | Comércio de Feira de Santana cresce acima da média e deve fechar 2025 com ganho real, avalia presidente do Sicomércio




O comércio de Feira de Santana deve encerrar 2025 com um desempenho positivo, crescendo acima da média da Bahia e do Brasil. A avaliação é do presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomércio), Marco Silva, durante entrevista ao programa Jornal do Meio Dia. Segundo ele, mesmo diante de desafios econômicos e aumento da carga tributária, o setor deve fechar o ano com crescimento real em torno de 5%.

“Feira de Santana vem desempenhando acima do Brasil e até acima da Bahia. Isso já é uma característica dos últimos dez anos. É fruto da união das entidades, sem vaidades, com o poder público dialogando e com o apoio fundamental da imprensa”, destacou.

De acordo com o presidente do Sicomércio, a atuação conjunta entre entidades empresariais, poder público municipal e estadual tem sido decisiva para os avanços registrados na cidade. Ele citou como exemplos a Missão Brasília, que resultou em conquistas concretas, como o Hospital Baiano de Oncologia, já com recursos assegurados para o início das obras.

“Essa união tem dado muitos frutos já perceptíveis. Temos projetos registrados em cartório, como a requalificação da área do CIS no Tomba, o Centro de Convenções de Feira de Santana e ações conjuntas como o apoio ao Arraiá do Comércio e ao Natal Encantado”, afirmou.

Marco Silva também ressaltou a campanha de incentivo à decoração natalina promovida em parceria com a Prefeitura, que premia vitrines e fachadas decoradas.

“É uma forma de estimular os empresários a entrarem no clima do Natal e fortalecer o comércio local”, disse.

Apesar do resultado positivo, o presidente do Sicomércio fez questão de destacar que o cenário atual exige cautela.

“Não dá mais para falar em crescimentos de 10% ou 15% como no pós-pandemia. Este foi um ano de muitos desafios, com aumento forte da carga tributária e incertezas no cenário nacional e internacional. Mesmo assim, o balanço é positivo”, avaliou.

Ele reforçou que Feira de Santana mantém um diferencial competitivo importante.

“A cidade tem uma localização estratégica e um povo que acolhe quem vem de fora. Veja a quantidade de atacadistas que abriram recentemente. Todos fizeram negócio e continuam investindo aqui”, pontuou.

Sobre o fim de ano, Marco Silva destacou que o Natal segue sendo a principal data para o comércio brasileiro, impulsionado pelo pagamento do décimo terceiro salário.

“Você injeta na economia mais um salário de todos os trabalhadores. Esse dinheiro volta diretamente para o comércio de Feira de Santana”, afirmou.

Ele lembrou ainda que o comércio local atrai consumidores de toda a região. “Cerca de 40% das pessoas que compram em Feira vêm de outras cidades. Somos um polo regional, com um comércio diversificado e competitivo”, destacou.

Outro ponto abordado foi a necessidade de adaptação ao comércio eletrônico. Para Marco Silva, a presença digital deixou de ser opção.

“A empresa que virar as costas para o mundo digital está fadada ao insucesso. Hoje é impossível sobreviver sem vender pelo WhatsApp, Instagram ou ter um site”, alertou.

Ele ressaltou que o consumidor atual busca experiência no comércio físico. “Se o cliente vai à loja, ele quer atendimento, quer tocar no produto, quer viver uma experiência. Quem consegue unir o mundo físico ao digital sai na frente”, explicou.
Perspectivas para 2026

O presidente do Sicomércio avaliou que 2026 será um ano de desafios, marcado por eleições, Copa do Mundo e muitos feriados.

“A única certeza para o ano que vem é a incerteza, mas onde tem incerteza, também tem oportunidade”, afirmou.

Ele destacou que o planejamento será fundamental para o setor. “Quando a gente se planeja com antecedência, essas dificuldades podem virar oportunidades”, completou.
Negociação da convenção coletiva

Durante a entrevista, Marco Silva também comentou sobre as negociações da nova convenção coletiva do comércio. Segundo ele, a proposta do sindicato patronal inclui ganho real acima da inflação.

“A inflação anual está em torno de 4,45%, e estamos oferecendo ganho real. Nosso objetivo é que o piso salarial do comerciário de Feira de Santana tenha crescimento real ao longo dos próximos anos”, afirmou.

O presidente reforçou a importância do comércio como parte de um ecossistema maior. “Para o comércio estar bem, a indústria precisa estar bem e a população também. Feira de Santana vem se destacando porque entende isso”, concluiu.

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