Em passagem por Salvador nesta quinta-feira (11), para abertura da 3ª edição do Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, o ex-presidente Michel Temer (MDB) respondeu sobre como tem visto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.
“O julgamento não terminou, eu tenho até certo constrangimento de falar sobre isso porque, houve apenas três votos por enquanto, e houve duas posições, a dele [do ministro relator Alexandre de Moraes] e a do ministro [Luiz] Fux, que são duas posições processuais respeitáveis. E essa divergência é até natural nos vários julgamentos”, declarou.
Segundo ele, as divergências nos votos não apontam para uma intenção de acirrar ainda mais a efervescência política no país.
“Eu acredito na qualidade, digamos assim, pacificadora, não só do Alexandre, mas também do Fux, de todos, porque eu sinto que há, nas várias conversas que eu tenho, um desejo pela tranquilização do país. É claro que, muitas vezes nos autos você vai de acordo com as provas desta ou daquela maneira, não significa que se quer pôr, digamos assim, gasolina no fogo”, analisou.
“Muitas e muitas vezes, o que ocorre é que a prova dos autos leva pra esta ou aquela convicção. Levou, por exemplo, o ministro Alexandre para um lado e o ministro Fux para outro lado. Vamos esperar o final do julgamento”, acrescentou, sem adar pistas, todavia, de qual tese ele, enquanto jurista, se aproximaria mais.
“Eu ainda precisaria examinar os autos. Confesso que, se você me fizesse outro tipo de pergunta, mas como você pergunta paro jurista, só examinando os autos. É preciso verificar qual a prova existente nos autos, quais as razões existentes nos autos, e eu só conheço pelo que a imprensa noticia”, contornou.
Política Livre

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