Congresso do PT vai discutir “imperfeições do PED”, diz novo presidente; Bahia teve denúncia de eleitores que já morreram


O presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou que o congresso do partido no próximo ano vai discutir caminhos para aperfeiçoar o Processo de Eleições Diretas (PED), sistema pelo qual a legenda escolhe suas direções por meio do voto dos filiados. Segundo ele, embora o modelo seja considerado um sucesso pela participação de mais de 547 mil petistas em todo o Brasil, é natural que necessite de ajustes diante dos desafios atuais.
“Claro que, em um partido que tem democracia interna, existem divergências. Mas nós temos também a estrutura para resolver essas divergências, que são naturais em processos de disputa dos rumos e novas direções. Eu não vejo isso como um problema. O PED é um sucesso, mas precisa ser aperfeiçoado, como qualquer sistema eleitoral. O tempo exige reestruturação. Por isso vamos realizar um congresso no primeiro semestre do ano que vem, para corrigir imperfeições, mas consolidando esse processo como um instrumento importante de construção partidária”, disse durante passagem por Salvador no último sábado (6), para a posso de Tássio Brito como presidente estadual do PT.
Como mostrou este Política Livre, o PED foi alvo de controvérsias significativas na Bahia. Em Camaçari e Barro Preto, foram identificados eleitores mortos que constam como votantes—casos que incluem um sindicalista falecido em 2016—, além de suspeitas de listagens duplicadas e falsificação de assinaturas, o que levou a chapa derrotada a pedir impugnação e recorrer judicialmente.
Em um duro artigo, o ex-presidente e então candidato à presidência estadual, Jonas Paulo, falou em “práticas heterodoxas”, como uso eleitoral do Diário Oficial, ameaças, urnas volantes, além de pressão institucional durante a disputa interna.
Edinho, por sua vez, reforçou que o partido tem mecanismos para resolver as divergências internamente e que agora deve concentrar energia para buscar a reeleição do presidente Lula.
“Nós saímos desse processo mais unidos, mais fortes, renovados, prontos para enfrentar os desafios e o maior deles certamente é reeleger o presidente Lula, para que a gente continue reconstruindo o Brasil e enfrente as manifestações do fascismo que crescem aqui e no mundo afora. Para que a gente, derrotando o fascismo, reafirme nossa vocação pela democracia, não só um projeto de combate aos privilégios, que ofereça igualdade de oportunidades ao povo brasileiro, mas também um país que diga não ao fascismo é que diga sim à democracia”, pontuou.

Com informações da repórter Carine Andrade.  Fonte : Política Livre

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem