
O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos e natural dos EUA, é o novo Papa. Ele foi escolhido nesta quinta-feira (8), segundo dia de conclave, no terceiro escrutínio do dia, e adotou o nome de Leão XIV. Milhares de pessoas, desde o momento em que a fumaça branca passou a sair da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, precisamente às 18h09 no horário local (13h09 no horário de Brasília), seguiram em massa pelas ruas de Roma em direção à Santa Sé.
Neste momento, Leão XIV segue discursando e dando a bênção ao mundo da sacada da Basília de São Pedro, onde uma multidão erguendo bandeiras de centenas de países ovaciona o novo Bispo de Branco. O anúncio de que Robert Prevost, agora Papa Leão XIV, foi feito às 14h13 (horário de Brasília) pelo cardeal francês Dominique Mamberti, protodiácono do Colégio dos Cardeais, a quem cabe dizer a famosa expressão em latim “annuntio vobis gaudium magnum, habemus papam”.
Perfil progressista, alívio com relação ao conservadorismo
O nome escolhido pelo cardeal Prevost, Leão XIV, foi visto amplamente por vaticanistas como uma sinalização de um pontificado progressista, ou mais “à esquerda”, como alguns preferem, e muito alinhado ao do Papa Francisco. O papa com o mesmo nome anterior, Leão XIII, foi um pontífice do final do século XIX que fundou a chamada Doutrina Social da Igreja, uma corrente que privilegia e dá atenção às questões sociais, sobretudo à desigualdade e aos direitos dos trabalhadores.
Para reforçar essa interpretação, Prevost, como sacerdote, seja como padre, bispo ou cardeal, foi um prelado que atuou em prol dos menos favorecidos, vivendo por anos no Peru, junto às comunidades mais necessitadas, tendo também já admoestado e cobrado desculpas do ditador reacionário local Alberto Fujimori, que cometeu crimes contra a humanidade durante o regime que dirigiu no país andino, entre 1990 e 2000.
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