A conhecida rede Casa do Pão de Queijo, com diversas filiais em aeroportos brasileiros, enfrenta um sério desafio financeiro. Na última sexta-feira (28), a empresa formalizou um pedido de recuperação judicial na cidade de Campinas, marcando um ponto crítico em sua trajetória no mercado.
O processo inclui a matriz e 28 unidades, todas situadas em zonas aeroportuárias, destacando sérias complicações financeiras com um montante de dívidas que atinge impressionantes R$ 57,5 milhões. Parece que a crise pandêmica e outros revés comerciais têm exercido forte pressão sobre suas operações.
Principais causas por trás dessa crise
A empresa aponta diretamente para a pandemia de COVID-19 como um catalisador de suas dificuldades, período no qual viu um declínio dramático nas receitas. A Casa do Pão de Queijo vivenciou uma queda de 97% em seu faturamento nos três primeiros meses da pandemia, concluindo o ano de 2020 com uma redução pela metade de suas receitas totais.
Além disso, a rede enfrentou a inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, um de seus pontos mais lucrativos. O evento climático adverso gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão mensais em vendas, exacerbando ainda mais a situação já fragilizada.
Como o pedido de recuperação judicial pretende salvar a empresa
A estratégia principal da Casa do Pão de Queijo por meio deste pedido judicial é renegociar seus passivos e buscar estruturar uma forma de pagamentos que permita a continuidade de suas operações sem comprometer de maneira definitiva sua viabilidade econômica.
Confira detalhes específicos do pedido:O pedido de um “stay period” de 180 dias, prorrogáveis por mais 180, para suspender qualquer ação judicial ou execuções contra a empresa.
A demanda judicial também inclui a manutenção dos contratos de locação vigentes e a prevenção da interrupção do fornecimento de energia elétrica.
Futuro para a Casa do Pão de Queijo e seus empregados
Diante deste cenário, o futuro da Casa do Pão de Queijo e de seus aproximadamente 55 funcionários que foram recentemente demitidos parece incerto. A empresa, com uma história de crescimento pregresso considerável, hoje se vê na difícil posição de reestruturar-se profundamente para enfrentar a nova realidade econômica.
Os próximos meses serão cruciais para definir se as estratégias implementadas serão suficientes para reverter o cenário negativo, restabelecer o fluxo de caixa e assegurar a recuperação sustentável da rede. Com um legado forte no mercado de cafeterias brasileiro, a esperança é que a Casa do Pão de Queijo consiga reencontrar seu caminho para a estabilidade. A recuperação judicial pode ser uma saída, como tem sido tentado pelas Lojas Americanas.
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