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Professor tira a própria vida por não ter ‘amor’ correspondido e deixa triste carta de despedida




Uma carta emocionante foi deixada pelo professor César Carlos Alves Luz, 40 anos, que tirou a própria vida após o fim do seu relacionamento. A morte foi confirmada na última quinta-feira, 25, e chocou familiares, amigos e alunos de Ouricuri, sertão de Pernambuco.
Segundo informações, César vivia um relacionamento homoafetivo que havia acabado por questões de ciúmes, mas principalmente por não ter o amor correspondido. Em carta deixada por ele, o professor explicou que já havia alertado para seu parceiro que ele seria o seu último relacionamento.
César disse que sempre buscou alguém para se relacionar, mas nunca foi correspondido e que não estaria mais disposto a se envolver com alguém. O professor disse que seu último relacionamento foi maravilhoso: “a dor que sinto agora, nenhum remédio cura. E eu não quero mais passar por outras situações parecidas. Conhecer novas pessoas, essas me ferirem, não será legal”, disse o professor em carta, onde também dividiu os bens que possuía, como casa, moto e carro.
Infelizmente o professor viveu o que muita gente já viveu: a dor de esperar dos outros um amor verdadeiro. Nos tempos de hoje, é preciso tomar muito cuidado com quem nos relacionamos, ou nos apaixonamos. A maioria das pessoas só querem se aproveitar das situações e de alguns momentos, não se preocupando com a dor do próximo.
Se você se sente mal com o seu relacionamento não se permita viver assim. Seja feliz! Viver é maravilhoso e se você percebe que está com depressão, busque ajuda com um profissional da psicologia ou ligue gratuitamente para o CVV – Centro de Valorização da Vida, que é um serviço voluntário gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
CARTA COMPLETA
Eu sei que Deus não vai me perdoar por isso. Meus pais também ficarão tristes, mas eu nunca fui uma pessoa totalmente feliz. Desde criança percebia algo diferente em mim, logo depois me assumi, mas isso não foi suficiente: a felicidade ainda não havia chegado.
As pessoas que encontrei para me relacionar nunca corresponderam às minhas expectativas. Quando eu começo a gostar de alguém, esse não nutre do mesmo sentimento. A depressão sempre foi companheira fiel da minha vida,as melhoras vêm, mas ela bate à porta ora por outra. A gente sempre tenta viver de maneira efetiva, mas a vida é difícil. Meu último relacionamento estava maravilhoso para mim, mesmo eu sendo diferente em alguns pontos; o ciúme foi a causa, sempre seria, pois eu não mudaria. Quando se gosta de alguém, é assim, se for de verdade, pelo menos para mim. A dor que sinto agora, nenhum remédio cura. E eu não quero mais passar por outras situações parecidas. Conhecer novas pessoas, essas me ferirem, não será legal.
Muitos problemas pelos pais passo, ninguém sabe. E sempre resolvo à minha maneira. Eu não sentia amor platônico, mas era suficiente, como eu sempre dizia a ele. O problema é que eu não estou de modo a passar por mais momentos. Na vida tive muitas amizades, algumas verdadeiras, outras não. Aos meus familiares, mil perdões, aos meus amigos, colegas, e alunos, que vcs vivam com leveza, mas sempre sendo verdadeiros. A vida nunca nem será fácil para quem realmente sabe viver. Minha casa ainda estou pagando, fica para os meus sobrinhos,( se tiver como resolver) meu carro para minha irmã Eliane. A moto fica para meu irmão Paulo (lolim). A moto está quitada. O carro ainda faltam 3 parcelas. Tudo meu está nessa agenda azul. Login e senhas.
Quero ser sepultado no cemitério da Volta junto ao meu primo, Antônio Carlos ou junto aos meus avós joaquina e Mariano. Não quero flores, isso deveria acontecer em vida. Quem quiser rezar, apesar de não saber se valerá. Eu falei a [nome em sigilo] que ele seria o último relacionamento meu. E eu o queria até meu último suspiro.

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