O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou nesta terça-feira (12) para a gravidade da fome no Brasil. "Nós acabamos com a fome, eles trouxeram de volta e nós vamos acabar outra vez", disse o petista durante evento em Brasília (DF). "As pessoas precisam comprar alimento, roupa, muita coisa útil, e não armas".
Em seu discurso, o ex-presidente também destacou a necessidade de retomada dos direitos sociais. "Quero que as pessoas não apenas comam, mas tenham direito à universidade, emprego, teatro, cinema, lazer. Eu estou mais exigente. Quero que as pessoas viajem mais, que os aeroportos estejam cheios de pobres. Vamos gerar emprego, aumentar o mínimo, melhorar o piso (salarial) dos professores", prosseguiu.
De acordo com o relatório sobre a fome elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado no dia 6 de julho, a insegurança alimentar grave atingiu 15,4 milhões de brasileiros entre 2019 e 2021.
Segurança política
Em discurso, Lula falou também sobre os episódios em Uberlândia, na Cinelândia e em Foz do Iguaçu, onde um militante petista foi assassinado por um terrorista bolsonarista.
"Estão tentando fazer da campanha uma guerra. Estão tentando colocar medo na sociedade, dizer que tem uma polarização criminosa", disse Lula, ao criticar o discurso de que o PT seria responsável pela "polarização" na sociedade: "O PT polariza nas eleições para presidente desde 1994, e você não tem sinal de violência".
Ele afirmou que o ataque a drone em Uberlândia foi cometido por um "facínora, uma pessoa que não tem nenhum caráter" e que o atentado contra o militante petista Marcelo Arruda foi mais grave que o na Cinelândia.
"Uma dessas pessoas, tomada pelo ódio, pela loucura e fanatismo invadiu o salão do dono da casa e matou o cidadão", disse o petista. "A sociedade brasileira começa a perceber o que está em jogo".
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