No momento em que Jair Bolsonaro demonstra total descontrole emocional, um escândalo de corrupção na compra de vacinas pode fragilizar ainda mais o seu desastroso governo. "Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante.
Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).
Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na ĂŤndia 'custaria menos do que uma garrafa de água'. Em fevereiro deste ano, o MinistĂ©rio da SaĂşde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da Ă©poca) – a mais cara das seis vacinas compradas atĂ© agora", aponta reportagem de Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo.
"A ordem para a aquisição da vacina partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro. A negociação durou cerca de trĂŞs meses, um prazo bem mais curto que o de outros acordos. No caso da Pfizer, foram quase onze meses, perĂodo em qual o preço oferecido nĂŁo se alterou (US$ 10 por dose). Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do produto da farmacĂŞutica americana foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, sĂł fechada em março deste ano", aponta a repĂłrter.
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