Uma professora da rede estadual de educação, na cidade de Castro Alves (BA), foi taxada como louca após pedir respostas à gestão municipal em relação ao uso do dinheiro público nesse tempo da pandemia da Covid-19.
No vídeo compartilhado nas redes sociais, Carina Oliveira Rodrigues questiona o que a Prefeitura de Castro Alves tem feito em prol dos trabalhadores informais, pede informações sobre a distribuição da merenda escolar para os alunos da rede municipal e questiona uma suposta solicitação de subsídios para as obras do mercado municipal, já que, segundo ela, esse recurso poderia ser usado no combate ao coronavírus.
Segundo Carina, após a publicação do vídeo com essas colocações, ela foi atacada nas redes sociais por um vereador, que teceu comentários acusando-a de ser louca, depressiva e que deveria se tratar, ao invés de fazer áudios desabafando.
FALA DO VEREADOR: “Todo mundo que tem suas doenças tem que se tratar, e não ficar expondo nada em rede social não, dizendo o que sente e o que não sente, o que tem vontade de fazer, para depois não vim as consequências. Tem que ser taxada como doida mesmo, como louca, não tem outra diferença”, disse o vereador em um áudio compartilhado nas redes sociais.
Uma internauta comentou na publicação da professora: “Lamentável a atitude de um representante do povo em tratar uma doença tão séria como loucura”.
Carina Oliveira afirma ter depressão, no entanto ela apela para que ninguém seja julgado por uma doença. “É preciso muito cuidado em citar a depressão como uma fraqueza num momento tão difícil como esse de pandemia e isolamento social”, disse a educadora. “Eu me trato e me cuido e aquelas pessoas que não podem se cuidar?”, complementou.
F: Tribuna do Recôncavo
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